Erro na AWS provocou instabilidade na internet na segunda-feira (20), afetando mais de 500 empresas em todo o mundo. Em relatório divulgado nesta quinta (24), a Amazon detalhou que um registro DNS vazio no datacenter US-East-1, na Virgínia (EUA), desencadeou a pane que paralisou serviços de comércio eletrônico, jogos online e companhias aéreas.
Segundo a Amazon Web Services (AWS), o defeito estava oculto em um processo de automação do banco de dados DynamoDB, responsável por gerenciar milhares de endereços DNS. Quando o sistema tentou resolver o registro vazio, falhou em cadeia e impediu que clientes localizassem suas bases de dados, inviabilizando operações críticas.
Erro na AWS: Amazon explica causa de instabilidade global
A companhia afirma que a automação, projetada para corrigir erros, não identificou o registro corrompido. Como resultado, aplicações que dependem do DynamoDB passaram a perder conexão, gerando atrasos e quedas perceptíveis já antes das 11h. A estabilidade só foi restabelecida por volta das 21h, após a remoção manual do registro defeituoso e o reinício dos serviços afetados.
O impacto foi vasto: plataformas como Mercado Livre, o jogo Fortnite e diversas companhias aéreas relataram interrupções totais ou parciais. Especialistas estimam perdas de milhões, possivelmente bilhões de dólares, para setores que dependem da nuvem da Amazon. Dados de 2022 apontam que mais de 1,4 milhão de negócios utilizam a infraestrutura da AWS.
A gigante afirmou que está revisando seus mecanismos de detecção para evitar reincidências. Em nota, a empresa destacou a criação de camadas adicionais de monitoramento e a revisão dos processos de fallback de DNS. Mais detalhes técnicos foram divulgados no documento oficial da Amazon, que descreve passo a passo o incidente.
Falhas dessa magnitude aumentam a pressão sobre provedores de nuvem. Em 2024, um apagão na CrowdStrike afetou cerca de 10 milhões de computadores, reforçando a necessidade de resiliência. A AWS, líder do mercado, busca preservar sua reputação depois da interrupção mais significativa desde 2021.
Para clientes, a recomendação é diversificar zonas de disponibilidade e revisar rotinas de failover. A Amazon reiterou que todas as regiões estão operando normalmente desde terça-feira (21) e que seguirá informando clientes sobre mudanças na arquitetura DNS.
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Crédito da imagem: Sean Gallup/GettyImages
