Corinthians quita dívida e aguarda liberação do transfer ban

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Corinthians quita dívida e aguarda liberação do transfer ban. O clube pagou a parcela atrasada ligada ao acordo com o Santos Laguna, passo essencial para remover a punição que impede novos registros de atletas.

Com dívida total estimada em R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 655 milhões da Neo Química Arena, o Corinthians vive sua maior crise financeira. A diretoria apresentou à Justiça um plano para quitar R$ 367 milhões em até dez anos, com percentuais escalonados sobre receitas de televisão, patrocínio e transferências de jogadores.

Corinthians quita dívida e aguarda liberação do transfer ban

O pagamento recente aborda parte dos cerca de R$ 40 milhões devidos ao Santos Laguna pela compra do zagueiro Félix Torres. Somado a isso, o clube ainda deve R$ 41,3 milhões a Matías Rojas e soma pendências menores com Talleres, Shakhtar Donetsk, Philadelphia Union e Cuiabá. Até que todos os acordos sejam formalizados, o transfer ban imposto pela FIFA permanece em vigor.

Dentro do Regime Centralizado de Execuções (RCE), a proposta corintiana prevê destinar 4% da receita recorrente ao pagamento de credores no primeiro ano, 5% no segundo e 6% a partir do terceiro. Sobre vendas de atletas, os repasses começarão em 5% e chegarão a 8%. Credores que mantiverem serviços ao clube terão direito a 35% desse montante; já credores preferenciais — idosos, gestantes e portadores de doenças graves — receberão 25%.

Para inverter o quadro, um comitê de reestruturação subordinado à Presidência atua na renegociação de juros com a Caixa Econômica Federal, credora dos R$ 675 milhões relativos ao estádio. A estratégia inclui ampliar o programa de sócio-torcedor, atrair novos patrocínios e fortalecer o licenciamento de marcas. A meta é equilibrar o fluxo de caixa até o segundo trimestre de 2026 e, com isso, retomar a competitividade em campo.

Segundo projeções internas, o Corinthians acumulou déficit operacional de R$ 103 milhões até julho de 2025, pressionado por juros, salários e direitos de imagem. A diretoria aposta que a disciplina fiscal aliada ao apoio da torcida permitirá zerar o transfer ban, reorganizar o elenco e manter investimentos nas categorias de base.

Se as metas forem cumpridas, o clube espera recuperar credibilidade institucional e voltar a brigar por títulos nacionais. A combinação de gestão técnica e transparência é vista pela alta cúpula como única via para garantir um futuro sustentável.

Para mais detalhes sobre a situação financeira de clubes brasileiros, visite nossa editoria de Esportes e acompanhe as atualizações diárias.

Crédito da imagem: Gustavo Vasco / Corinthians

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