Chave pirata do Windows XP FCKGW-RHQQ2-YXRKT-8TG6W-2B7Q8 nasceu de uma licença por volume legítima, afirma Dave Plummer, ex-engenheiro responsável por recursos clássicos do sistema operacional.
Plummer contou no X (antigo Twitter) que participou do desenvolvimento do Windows Product Activation (WPA), mecanismo lançado com o Windows XP para validar instalações. O processo gerava um ID atrelado ao hardware; se o código de ativação não batesse com esse ID, a instalação era marcada como irregular.
Chave pirata do Windows XP surgiu de licença corporativa
A polêmica sequência de 25 caracteres era uma Volume License Key (VLK), comprada por organizações para ativar múltiplas máquinas sem a checagem individual do hardware. O protocolo, portanto, aceitava o código em qualquer computador, facilitando seu uso indevido.
De acordo com Plummer, a chave vazou de um grupo warez conhecido como devils0wn e rapidamente circulou em fóruns e cópias piratas do sistema. Apenas após a ampla disseminação a Microsoft bloqueou a sequência no WPA, mas o estrago já estava feito: milhões de usuários conseguiram instalar o Windows XP sem pagar.
O ex-funcionário reforça que, originalmente, não havia falha de segurança. A vulnerabilidade surgiu porque a VLK foi exposta publicamente, algo que o processo de ativação de volume não conseguia impedir. Informações sobre o atual modelo de ativação por volume da Microsoft podem ser consultadas no site oficial da empresa em Volume Activation.
A popularidade do código FCKGW virou símbolo da pirataria nos anos 2000 e motivou a Microsoft a adotar métodos de validação mais rígidos nas versões seguintes do Windows, como a obrigatoriedade de conexão online e a identificação mais detalhada de hardware.
Com a história por trás da chave pirata esclarecida, especialistas reforçam a importância de utilizar licenças originais para garantir suporte, atualizações de segurança e conformidade legal.
Quer ficar por dentro de outras curiosidades do mundo da tecnologia? Acesse nossa editoria de Notícias e continue informado.
Crédito da imagem: X/Dave Plummer
