Árbitro afastado Ramon Abatti Abel, retirado temporariamente pela CBF após falhas no clássico São Paulo x Palmeiras, tornou-se exemplo de como a entidade pretende ampliar a qualificação técnica de quem apita jogos no país.
Responsáveis por aplicar as regras e manter a ordem em campo, os árbitros passam por avaliações rigorosas antes de chegar à elite. Mesmo assim, equívocos podem comprometer resultados, gerar pressão de torcedores e ameaçar a credibilidade das competições.
Árbitro afastado: CBF intensifica cursos de formação técnica
No caso de Abatti Abel, a Confederação Brasileira de Futebol decidiu promover reciclagem imediata. O plano inclui módulos sobre interpretação de lances, simulações práticas com o VAR e novos testes físicos. Segundo dirigentes, o afastamento não é punitivo, mas parte de um processo de aperfeiçoamento contínuo.
Para ingressar na carreira, o candidato precisa ter ensino médio, idade entre 18 e 32 anos e concluir curso homologado por federações estaduais ou pela própria CBF. Depois, enfrenta etapas teóricas, práticas e provas físicas. Apenas quem se destaca nas divisões de base avança às competições profissionais e pode obter registro nacional ou internacional.
A reciclagem periódica faz parte das exigências da entidade. De acordo com o manual de arbitragem publicado pela FIFA, treinamentos regulares e feedback individual reduzem falhas e mantêm os árbitros atualizados sobre mudanças nas regras.
Além do foco técnico, a CBF reforça a necessidade de domínio das tecnologias. O VAR, por exemplo, já é estudado em salas de aula virtuais e em campos de treinamento, simulando jogadas complexas e revisões em tempo real. A meta é minimizar erros que possam alterar placares ou influenciar decisões de competições de alto valor esportivo e financeiro.
Especialistas defendem que a entidade amplie parcerias com escolas estrangeiras e crie grupos de estudos para trocar experiências. Transparência nos processos de avaliação também é vista como fator essencial para recuperar a confiança de clubes e torcedores.
O episódio envolvendo Ramon Abatti Abel confirma que investir em capacitação não é opcional, mas requisito para preservar a equidade e o espetáculo do futebol brasileiro.
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Crédito da imagem: depositphotos.com / A.Paes