Demissões no Brasileirão 2025 expõem crise dos clubes

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Demissões no Brasileirão 2025 continuam em ritmo acelerado e já se transformam no principal termômetro da instabilidade que afeta boa parte dos clubes da Série A nesta temporada.

Até as rodadas mais recentes, praticamente metade das equipes já havia trocado de treinador pelo menos uma vez, reforçando a cultura de resultados imediatos que impera no futebol nacional. A cada má sequência, dirigentes enxergam a demissão como solução rápida para evitar o rebaixamento ou para buscar uma vaga em competições continentais.

Demissões no Brasileirão 2025 expõem crise dos clubes

Essa busca por respostas instantâneas, porém, nem sempre gera o efeito desejado dentro de campo. Levantamentos internos mostram que a média de pontos obtidos após a troca de comando pouco difere do desempenho anterior, indicando que o problema vai além do técnico. Ainda assim, presidentes e conselheiros mantêm o hábito de agir por impulso, muitas vezes para conter a pressão política ou desviar o foco de deficiências no elenco e de falhas administrativas.

Especialistas apontam que a instabilidade é fruto de gestões com planejamento frágil. Em vez de metas de longo prazo, prevalece o imediatismo, cenário que contrasta com modelos de sucesso em ligas estrangeiras. De acordo com a Confederação Brasileira de Futebol, nenhum dos clubes que trocaram de técnico mais de uma vez nos últimos dois anos conseguiu classificação direta à Libertadores.

A influência de torcidas e da cobertura esportiva também pesa. Programas de debate, redes sociais e arenas digitais amplificam a cobrança por vitórias, transformando tropeços em crises. O ambiente hostil torna-se terreno fértil para “cabeças rolarem”, alimentando um ciclo que se repete há décadas.

Para frear a escalada de demissões, analistas sugerem profissionalização e governança mais rígida. Metas claras, decisões apoiadas em dados e paciência para amadurecer projetos são apontados como caminhos viáveis. Clubes que adotaram essa postura, mesmo sob pressão, registraram evolução gradual e evitaram o vaivém de treinadores.

No curto prazo, sustentar um trabalho durante momentos de oscilação pode representar risco político, mas, no médio e longo prazo, tende a gerar equipes mais competitivas e financeiramente estáveis. Constância e planejamento, segundo dirigentes mais experientes, precisam deixar de ser discurso para virar prática.

Resumo: o número recorde de demissões escancara problemas estruturais nos clubes do Brasileirão 2025. Sem ruptura no modelo de gestão, a tendência é que a “dança das cadeiras” siga ditando o ritmo da temporada.

Confira também nossa cobertura completa de Esportes e permaneça informado sobre as próximas mudanças nos comandos técnicos do futebol brasileiro.

Crédito da imagem: Divulgação/CBF

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