Bolsonaro STF: defesa diz que ex-presidente está chateado. A avaliação é do advogado Celso Vilardi, que relatou nesta quarta-feira (10) o desconforto de Jair Bolsonaro (PL) com o andamento do julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ex-presidente é acusado de tentar dar um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Vilardi declarou, antes do início da sessão, que Bolsonaro “está bastante chateado” e que a estratégia agora é aguardar os próximos votos. Até o momento, Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os oito réus, rejeitando as preliminares apresentadas pelas defesas.
Bolsonaro STF: defesa diz que ex-presidente está chateado
Além de Bolsonaro, respondem no processo Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Todos são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e outros crimes correlatos.
Mesmo após a validação da colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, considerada peça-chave para a acusação, a defesa do ex-presidente insiste na nulidade do acordo. O advogado Paulo Cunha Bueno classificou a delação como “mentirosa” e sustentou que sua manutenção criaria “jurisprudência horrorosa” no país.
No voto que abriu a quarta sessão, Moraes afirmou que o grupo era hierarquizado, utilizava órgãos públicos como Abin e GSI para desacreditar as urnas eletrônicas e atacava instituições com o objetivo de manter Bolsonaro no poder. Dino acompanhou o relator, destacando que crimes de tentativa de golpe não exigem consumação e que tais atos são inafiançáveis e insuscetíveis de anistia.

A análise prossegue com os votos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A Turma marcará sessões extraordinárias até 12 de setembro para concluir o julgamento; a fixação das penas ocorrerá em fase posterior, caso a maioria confirme a condenação.
Em paralelo, veículos como o portal G1 ressaltam que este julgamento pode definir parâmetros sobre a responsabilização de autoridades por ataques ao Estado Democrático de Direito.
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