Samsung Odyssey 3D G90XF: monitor 3D sem óculos de R$10 mil é a nova aposta da fabricante para o público gamer no Brasil. O modelo 4K de 27 polegadas utiliza rastreamento ocular duplo e lentes lenticulares para projetar imagens distintas a cada olho, dispensando acessórios de cabeça e prometendo profundidade real em jogos e vídeos.
Quando o efeito funciona, a sensação de camadas e partículas “saltando” à frente do usuário impressiona. O recurso, porém, opera para apenas uma pessoa de cada vez e requer posicionamento detectado pelas câmeras embutidas, ainda que permita movimentação maior do que a vista em portáteis como o Nintendo 3DS.
Samsung Odyssey 3D G90XF: monitor 3D sem óculos de R$10 mil
Segundo a Samsung, 28 títulos — entre eles Final Fantasy VII Remake Intergrade, Hogwarts Legacy e os remasters de GTA — já contam com suporte nativo, número que deve chegar a 60 até dezembro de 2025. A experiência exige placa de vídeo a partir de uma NVIDIA RTX 3080 ou equivalente AMD, pois o processamento 3D acrescenta carga significativa ao sistema.
No campo do entretenimento, o Odyssey 3D Hub tenta converter vídeos 2D em 3D via inteligência artificial. A função não opera em serviços protegidos por DRM, como Netflix e Disney+, e mostrou resultados limitados até mesmo no YouTube durante os testes. Essa frustração reforça que o foco atual do produto permanece nos games.
Com corpo em plástico premium, base metálica ajustável e iluminação LED sincronizada, o monitor exibe taxa de atualização de 165 Hz e tempo de resposta de 1 ms em painel IPS. Embora sólidos, esses números ficam atrás de monitores OLED concorrentes da mesma faixa de preço, que oferecem pretos absolutos e até 360 Hz.
O preço oficial no site da Samsung é de R$ 9.689 à vista. Por quase metade disso, já existem opções OLED que superam o G90XF em contraste, tempo de resposta e número de jogos compatíveis. A avaliação do portal de tecnologia TechRadar reforça que o aparelho demonstra um avanço tecnológico, mas ainda se assemelha mais a uma vitrine de engenharia do que a um investimento prático para a maioria dos consumidores.
Com catálogo restrito, exigência de hardware potente e limitações no streaming, o Odyssey 3D G90XF ilustra tanto o potencial quanto os obstáculos que impedem o 3D sem óculos de se popularizar em 2025.
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Crédito da imagem: Samsung/Divulgação
