Tarcísio de Freitas 2026 passou a ser uma possibilidade mais concreta após o governador de São Paulo, do Republicanos, defender anistia “ampla e irrestrita” e criticar o Supremo Tribunal Federal durante ato na avenida Paulista neste domingo (7).
No palanque, Tarcísio afirmou que Jair Bolsonaro deveria “ir às urnas” em 2026, questionou provas contra o ex-presidente e chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador”. O tom foi recebido por bolsonaristas como alinhamento total ao ex-mandatário e, no Planalto, como sinal de passo decisivo rumo à disputa presidencial.
Tarcísio de Freitas 2026: discurso indica passo decisivo
Integrantes do governo Lula avaliaram que o governador abandonou a imagem de moderado para herdar o eleitorado de Bolsonaro, sobretudo diante da expectativa de condenação do ex-presidente no STF. Segundo dois auxiliares do Palácio do Planalto, a mudança de postura ocorreu em momento de “tudo ou nada”.
Petistas reagiram com dureza. A ministra Gleisi Hoffmann acusou Tarcísio, nas redes, de apoiar “traidores da pátria”, enquanto o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, disse que ele “rasgou a fantasia de moderado”. Para Farias, o discurso pode configurar tentativa de coação ao Supremo.
Apesar da retórica inflamada, aliados de Bolsonaro elogiaram a escalada, considerando-a necessária para manter a base mobilizada. Há, contudo, divisão interna: parte do grupo acredita que o confronto com o STF pode ser revertido mais adiante; outra admite risco de desgaste caso o público perceba radicalização excessiva.
No Congresso, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, apresentou projeto que anistia envolvidos nos atos de 8 de janeiro e revoga a inelegibilidade de Bolsonaro. A proposta enfrenta resistência, e o Planalto articula para barrá-la. Um aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta, pondera que levar o texto ao plenário agora seria “adesão à radicalização”.
Observadores lembram que, durante o ato, foi estendida uma bandeira dos Estados Unidos, gesto criticado por setores governistas, sobretudo após o país impor tarifa de 50% ao aço brasileiro. Para analistas, o símbolo reforça o apelo ao eleitorado de direita alinhado a Donald Trump.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, parte do governo acredita que o público menor nos atos evidencia perda de fôlego do bolsonarismo, mas admite que Tarcísio agora ocupa espaço central na oposição.
Resta saber se o governador manterá o tom ou voltará ao diálogo institucional. Enquanto isso, a possibilidade de “Tarcísio de Freitas 2026” já entrou definitivamente no radar político.
Para acompanhar mais análises sobre o cenário político, visite nossa seção de notícias e siga conosco.
Crédito da imagem: Allison Sales/Folhapress