A Nvidia oferece, nas placas GeForce RTX, o Deep Learning Super Sampling (DLSS), recurso que utiliza inteligência artificial para melhorar o desempenho de jogos sem comprometer a nitidez da imagem. A solução realiza a renderização em resolução inferior e, em seguida, reconstrói o quadro para o formato nativo do monitor com apoio dos núcleos Tensor Cores, exclusivos da linha RTX.
Como o DLSS funciona
O processo começa com a GPU gerando cada quadro em menor resolução. Na sequência, uma rede neural treinada em milhões de imagens de alta qualidade reconstrói esses quadros, aplicando técnicas de anti-aliasing e redução de ruído para entregar cenas mais detalhadas. Esse upscaling garante taxas de quadros por segundo (FPS) mais altas e, ao mesmo tempo, mantém a fidelidade visual.
Entre os recursos adicionais estão o Frame Generation, responsável por criar quadros extras e possibilitar até quadruplicar o FPS em títulos compatíveis, e o Ray Reconstruction, que otimiza efeitos de ray tracing para reflexos, sombras e iluminação mais realistas.
Principais características
• Super resolução por IA: reconstrói imagens de baixa resolução em alta definição.
• Deep Learning Anti-Aliasing (DLAA): aplica suavização avançada de serrilhados.
• Aceleração por hardware: processamento feito nos Tensor Cores.
• Compatibilidade ampla: funciona em resoluções de 1080p a 8K, desde que o jogo tenha suporte.
Vantagens
Usuários notam aumento significativo de FPS, melhor desempenho em monitores 4K e possibilidade de habilitar ray tracing máximo sem sobrecarregar a GPU. O DLSS também prolonga a vida útil do hardware, pois reduz a necessidade de upgrades frequentes.
Limitações
Apesar dos benefícios, podem surgir artefatos visuais, como desfoque em objetos em movimento ou efeito ghosting. Superfícies finas podem apresentar cintilação, e o Frame Generation tende a elevar o input lag em jogos competitivos. Além disso, a tecnologia é restrita às GPUs RTX e depende de implementação específica pelos desenvolvedores.

Ativação e compatibilidade
Para usar o DLSS, o jogador deve possuir uma placa GeForce RTX e acessar o menu de vídeo de um título compatível. Lá é possível escolher os perfis Qualidade, Equilibrado ou Desempenho. A lista completa de jogos suportados está disponível no site da Nvidia, e muitas lojas digitais, como Steam e Epic Games Store, indicam a presença do recurso na página oficial do jogo.
Alternativas de mercado
Concorrentes oferecem soluções semelhantes: o FidelityFX Super Resolution (AMD) é aberto e roda em GPUs de diferentes fabricantes, enquanto o Xe Super Sampling (Intel) utiliza núcleos XMX das placas Arc. Entretanto, somente o DLSS opera diretamente nos Tensor Cores das GPUs Nvidia.
Para quem busca gráficos de alta definição sem sacrificar desempenho, o DLSS se mostra uma ferramenta valiosa, desde que o hardware e o jogo estejam aptos a utilizá-lo. Se quiser acompanhar outras novidades do setor de tecnologia, visite a seção de notícias do nosso site.
Com informações de Tecnoblog