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Vale aumenta produção de minério, mas vendas menores reforçam cautela de analistas

A Vale divulgou, na noite de 22 de julho, a prévia operacional do segundo trimestre de 2025. A mineradora registrou crescimento na produção de minério de ferro, ainda que as vendas tenham recuado, cenário que levou casas de análise a manterem projeções conservadoras para o preço da commodity e para as ações da companhia.

Produção supera projeções, mas embarques recuam

O volume produzido de minério de ferro ficou 2% acima da estimativa do BTG Pactual, resultado associado à recuperação sazonal em relação ao primeiro trimestre. O desempenho mantém a Vale no caminho para alcançar a meta anual entre 325 e 335 milhões de toneladas.

Apesar do aumento na produção, os embarques diminuíram e o preço realizado por tonelada recuou, reflexo de demanda mais fraca por produtos de maior qualidade. A estratégia da empresa prioriza, no momento, itens de menor valor agregado, como pellet feed, em detrimento de pelotas.

Metais básicos avançam

Cobre e níquel apresentaram volumes 3% acima das projeções do BTG, alcançando os melhores níveis para um segundo trimestre desde 2019 e 2021, respectivamente. No primeiro semestre, a produção de cobre somou 183,5 mil toneladas.

Análises e recomendações

O BTG Pactual manteve recomendação neutra, com preço-alvo de US$ 11 para o ADR da Vale, avanço potencial de 6,3%. O banco projeta o minério de ferro a US$ 95 por tonelada em 2025 e a US$ 85 em 2026.

A XP também classificou os números como neutros e reiterou recomendação neutra, fixando preço-alvo em R$ 66 por ação, upside de 14,8%. Os analistas destacam leve alta de US$ 0,2 no prêmio do minério fino e veem a diversificação do portfólio como instrumento para mitigar um mercado adverso.

Com visão mais positiva, Bradesco BBI e Itaú BBA reiteraram compra. O Bradesco vê EV/EBITDA de 4 vezes e projeta convergência do preço da commodity para US$ 100 por tonelada. O Itaú BBA definiu preço-alvo de US$ 13 para o ADR, potencial de 25,6%, citando vendas 1% acima das expectativas e preço médio realizado de US$ 85,1 por tonelada.

O Goldman Sachs também recomenda compra, com preço-alvo de US$ 15,50 por ADR, upside de 49,8%, e elogia a flexibilidade da estratégia comercial da Vale.

Próximos passos

Os resultados completos do segundo trimestre serão apresentados em 31 de julho. Até lá, analistas monitoram a evolução dos preços do minério e a execução da estratégia de mix de produtos, fatores considerados essenciais para o desempenho financeiro da companhia ao longo do ano.

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