Um levantamento publicado em 31 de agosto de 2025 reuniu informações sobre o gênero documental, detalhou suas principais vertentes e listou dez produções consideradas indispensáveis para quem deseja compreender a força desse formato baseado em fatos reais.
O que é um documentário
Segundo o material, documentário é qualquer produção audiovisual que busque retratar acontecimentos verídicos a fim de informar, registrar ou refletir sobre determinado tema. O conteúdo costuma ser construído com entrevistas, imagens de arquivo, registros espontâneos ou reconstituições, diferentemente das obras ficcionais.
Principais subgêneros
O texto classifica o gênero em oito abordagens comuns:
- Expositivo – narrador conduz o público com explicações e recursos visuais, como gráficos e registros históricos.
- Poético – prioriza experiência sensorial, metáforas e montagem criativa.
- Observacional – registra fatos sem interferência, dispensando narração ou entrevistas.
- Participativo – cineasta interage com entrevistados e aparece em cena.
- Reflexivo – questiona o próprio processo de filmagem e a ideia de neutralidade.
- Performativo – mistura performance artística a relatos pessoais e subjetivos.
- Docuficção – combina encenação e elementos de realidade para criar narrativa híbrida.
- Documentário de arquivo – reconstrói acontecimentos com material restaurado e depoimentos.
Dez obras recomendadas
O guia aponta dez títulos que marcaram o gênero por relevância histórica ou impacto cultural:
- Grizzly Man (Werner Herzog, 2005) – acompanha o ambientalista Timothy Treadwell, morto por ursos no Alasca.
- Shoah (Claude Lanzmann, 1985) – mais de nove horas de depoimentos sobre o Holocausto, sem uso de imagens de arquivo.
- The Thin Blue Line (Errol Morris, 1988) – reconstitui julgamento que condenou injustamente um homem por assassinato.
- Amy (Asif Kapadia, 2015) – narra a trajetória de Amy Winehouse por meio de vídeos pessoais e relatos próximos.
- Cidadão Quatro (Citizenfour) (Laura Poitras, 2014) – registra os primeiros dias das revelações de Edward Snowden sobre vigilância global.
- O Ato de Matar (Joshua Oppenheimer, 2012) – ex-milicianos indonésios encenam massacres cometidos nos anos 1960.
- Fahrenheit 9/11 (Michael Moore, 2004) – crítica à política de George W. Bush após os atentados de 11 de Setembro.
- Senna (Asif Kapadia, 2010) – retrata vida e carreira de Ayrton Senna a partir de imagens inéditas.
- 13ª Emenda (Ava DuVernay, 2016) – investiga racismo estrutural e encarceramento em massa nos EUA.
- O Dilema das Redes (Jeff Orlowski, 2020) – discute o impacto das redes sociais sobre comportamento e saúde mental.
Com a popularização dos serviços de streaming, o estudo observa que o interesse pelos documentários cresceu entre cinéfilos, estudantes e espectadores em busca de conteúdos informativos ou reflexivos. Ao explorar diferentes formatos, as produções documentais continuam a se reinventar e a oferecer novas perspectivas sobre questões sociais, políticas e culturais.

Para quem deseja se aprofundar no tema, a lista serve como ponto de partida e mostra a versatilidade do gênero, capaz de denunciar injustiças, emocionar com histórias pessoais e provocar debates relevantes.
Quer acompanhar mais conteúdos sobre audiovisual e atualidades? Visite a seção de notícias e fique por dentro das novidades.
Com informações de TecMundo