Algoritmos generativos alteram a lógica de busca e obrigam veículos a rever estratégias

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O avanço dos modelos de linguagem generativa está mudando a forma como as pessoas encontram informações on-line. Dois levantamentos — o relatório “What is AI Reading”, da Muck Rack, e uma análise da Semrush divulgada pela Visual Capitalist — revelam que assistentes de IA passaram a priorizar respostas diretas em detrimento dos tradicionais links de resultados, abrindo um novo capítulo no relacionamento entre buscadores e produtores de conteúdo.

Estudos analisam mais de 1 milhão de citações

O relatório da Muck Rack examinou mais de 1 milhão de links referenciados por sistemas de IA. O levantamento indica que habilitar ou não a pesquisa na web altera profundamente as respostas dos modelos. Um exemplo citado envolve a pergunta sobre o pior time da MLB: sem busca externa, o ChatGPT apontou o New York Mets de 1962; com citações ativas, a resposta mudou para o Chicago White Sox de 2024.

Já a Semrush listou os domínios mais citados por grandes modelos. Reddit lidera com 40,1 % das menções, seguido pela Wikipedia, com 26,3 %. Plataformas de jornalismo profissional, como Reuters, Associated Press e Financial Times, aparecem no topo das fontes jornalísticas, mas representam parcela menor diante do volume de conteúdo gerado por usuários.

Recência e especialização ganham peso

Os dados mostram tendência clara à atualização constante: 56 % das citações jornalísticas feitas por modelos da OpenAI referem-se a materiais publicados nos últimos 12 meses. O recorte por setor aponta que, em finanças, 37 % dos links vêm de veículos de notícia; na saúde, sites governamentais respondem por 18 % das referências; em tecnologia, plataformas como Medium e Coursera sobressaem.

Novo cenário para publishers

A migração da busca tradicional para respostas instantâneas intensifica o chamado “zero-click”, agora ampliado para “zero-search”. Para ser encontrado, o conteúdo precisa não apenas rankear, mas ser citado pelo modelo. Essa mudança fortalece práticas de Generative Engine Optimization (GEO), que incluem frequência de atualização, estrutura semântica avançada e produção de material altamente especializado.

Com a intermediação da IA reduzindo o tráfego direto, empresas de mídia são levadas a diversificar receitas, investir em nichos de conhecimento e criar canais próprios de relacionamento, como newsletters e comunidades fechadas.

Algoritmos generativos alteram a lógica de busca e obrigam veículos a rever estratégias - Imagem do artigo original

Saiba mais sobre como os avanços em IA estão impactando outras áreas no especial disponível em nosso hub de Inteligência Artificial.

Resumo: relatórios da Muck Rack e da Semrush mostram que algoritmos generativos redefinem critérios de autoridade, privilegiam conteúdo recente e ampliam o peso de plataformas colaborativas. Publishers precisam adaptar estratégia editorial e de negócios para continuar relevantes. Acompanhe nossas atualizações e saiba como se posicionar nesse novo ambiente.

Com informações de TecMundo

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