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Valdemar diz que Bolsonaro se recuperaria “na hora” se deixasse prisão domiciliar

São Paulo – O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, voltou a demonstrar preocupação com o estado de saúde de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que o ex-chefe do Executivo “sararia na hora” caso não estivesse em prisão domiciliar.

“Ele está muito abatido, mas, se estivesse livre, sarava na hora. O estado moral dele é por causa disso. Ele não merece estar onde está”, declarou Valdemar, nesta segunda-feira (18), durante seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil, em um hotel na zona sul da capital paulista.

O dirigente partidário comparou a situação do aliado à perda de direitos políticos. “Como você se sentiria no lugar dele? Isso acaba com a pessoa. Ele tem prestígio, transfere quase 40% dos votos, e eu não vou poder ser candidato?”, questionou.

Aposta em Trump

No mesmo evento, Valdemar disse considerar a vitória de Donald Trump na eleição norte-americana de 2026 “a única saída” para evitar uma eventual condenação de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo caso que ele chama de “trama golpista”.

“Se o Trump não ganhar, estamos mortos. Ele é a única saída que nós temos. Quando o Judiciário se comporta dessa maneira, é a pior coisa para o país; você não tem a quem recorrer”, afirmou, citando apoio que, segundo ele, magistrados dariam ao ministro Alexandre de Moraes.

Inelegibilidade em pauta

O presidente do PL informou que pretende ingressar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2026 para tentar reverter a inelegibilidade do ex-mandatário. Ele disse apostar no fato de o tribunal ser presidido, naquele ano, pelo ministro Kassio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro ao STF.

“No ano que vem o presidente será Kassio Nunes. Vamos pedir revisão dessa decisão”, anunciou. O TSE tornou Bolsonaro inelegível em dois processos: um sobre a reunião com embaixadores, em 2022, e outro pelo uso do desfile de 7 de Setembro no mesmo ano.

Articulação eleitoral

Durante o painel, Valdemar reafirmou que Bolsonaro pode influenciar uma candidatura única do grupo de centro-direita contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026. Ele listou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como principal nome e voltou a dizer que o paulista ingressará no PL se disputar o Planalto.

Segundo o dirigente, uma conversa nesse sentido ocorreu “há um ano e meio” e foi retomada em jantar recente, em Brasília, com cinco governadores. “Tarcísio falou: ‘sou candidato a governador, mas, se for candidato a presidente, vou para o PL’”, relatou.

Valdemar diz que Bolsonaro se recuperaria “na hora” se deixasse prisão domiciliar - Imagem do artigo original

Ao comentar as investigações sobre a tentativa de golpe, Valdemar minimizou as acusações apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF. “No Brasil, você pode tramar um golpe, um assassinato; desde que não faça nada, não é crime”, disse.

Defesa de Eduardo Bolsonaro

Valdemar também saiu em defesa do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos. O parlamentar apoia o aumento de tarifas norte-americanas contra o Brasil e tem articulado contatos com aliados de Trump. “Tenho certeza de que ele não é autor do tarifaço. Isso é do Trump”, declarou o presidente do PL, justificando a medida como reação à “injustiça” que estaria sendo cometida contra Jair Bolsonaro.

A presença de Valdemar no encontro do Esfera Brasil reuniu ainda os dirigentes Gilberto Kassab (PSD), Antônio Rueda (União Brasil), Renata Abreu (Podemos) e Baleia Rossi (MDB), além de governadores e empresários.

Com a saúde de Jair Bolsonaro no centro das preocupações do partido, o PL intensifica as articulações para 2026 e mantém o discurso de que a liberdade do ex-presidente seria decisiva para sua recuperação física e política.

Com informações de Folha de S.Paulo

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