Inteligência Artificial força universidades a rever cursos e preparar novas carreiras

A corrida pela adoção da inteligência artificial (IA) está obrigando o ensino superior a remodelar currículos, laboratórios e métodos de aprendizagem. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 60% dos profissionais terão de se requalificar até 2027 para acompanhar a automação que já elimina tarefas repetitivas e cria funções inéditas.
Profissões em rápido surgimento
Entre as oportunidades mais citadas pelas empresas estão:
Engenharia de prompts – profissionais que dominam a construção de comandos para modelos de linguagem, aumentando a precisão das respostas e reduzindo horas de trabalho humano.
Cibersegurança voltada para IA – especialistas capazes de identificar e corrigir falhas em algoritmos usados por bancos, hospitais e órgãos públicos.
Ética e governança de algoritmos – área responsável por garantir transparência e minimizar vieses em sistemas inteligentes.
Design de experiências inteligentes – criação de interfaces que se adaptam em tempo real ao comportamento do usuário, unindo empatia e tecnologia.
Desenvolvimento e treinamento de modelos – técnicos que alimentam sistemas com dados, ajustam parâmetros e monitoram desempenho em setores como finanças, varejo e transporte.
Setores que puxam a demanda
Três campos concentram a maior parte das vagas emergentes:
IA e Machine Learning – empresas querem equipes internas que personalizem modelos e transformem dados em insights de negócio.
Games e experiências imersivas – utilização de IA para criar personagens autônomos e cenários personalizados, impulsionando jogos, educação e terapias.

Engenharia de software – base de toda a infraestrutura digital, agora voltada a integrar recursos de IA em produtos e serviços.
Ferramentas para o aluno “tech-savvy”
Para acompanhar o ritmo, estudantes recorrem a plugins do ChatGPT que resumem PDFs, extensões de navegador que analisam dados em segundos e softwares de gestão de tempo alimentados por IA. Os recursos permitem extrair pontos-chave de textos, organizar relatórios automaticamente e receber sugestões de como otimizar a rotina acadêmica.
O que as universidades já fazem
Instituições aceleram investimentos em infraestrutura de ponta, atualização curricular e projetos que simulam problemas reais do mercado. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, por exemplo, mantém o Mackplay, plataforma de vídeos que lançou a série Nossos Cursos no YouTube. Nos episódios, diretores de Computação, Engenharia, Arquitetura, Direito e Educação Digital mostram laboratórios, projetos e histórias de egressos para ilustrar como cada curso incorpora tecnologia de ponta.
Todos os capítulos da série estão disponíveis no canal do Mackplay e buscam orientar futuros alunos sobre a preparação exigida para as profissões do futuro.
A aceleração da IA coloca pressão inédita sobre universidades: quem adaptar a formação de hoje garante profissionais prontos para um mercado em transformação a cada semestre.
Para saber mais sobre as últimas iniciativas em IA, visite nossa seção dedicada em Inteligência Artificial.
Fique atento: novos cursos, laboratórios e parcerias devem surgir nos próximos meses, ampliando o leque de carreiras ligadas à inteligência artificial.
Com informações de TecMundo