Queda de Connor Zilisch acende alerta, mas pilotos mantêm celebrações na NASCAR

O acidente sofrido por Connor Zilisch em 9 de agosto, quando escorregou ao descer do carro durante a comemoração de uma vitória, não deve alterar as tradicionais celebrações dos pilotos da NASCAR. O jovem de 19 anos, líder da Xfinity Series pela JR Motorsports e cotado para substituir Daniel Suárez na Trackhouse Racing em 2025, fraturou a clavícula e passou por cirurgia na última terça-feira. Sua participação na etapa de Daytona, no próximo fim de semana, ainda é incerta.
Zilisch caiu ao apoiar um pé no parapeito da janela e outro no teto sem recolher a rede de proteção lateral. Molhado pelos mecânicos, escorregou, bateu no asfalto e chegou a ficar brevemente inconsciente. O episódio viralizou nas redes sociais e gerou reações diversas no paddock.
Chastain segue firme com a “smash” da melancia
Companheiro de equipe de Zilisch na Trackhouse, Ross Chastain — oitava geração de uma família de plantadores de melancia — reiterou que continuará subindo no carro para esmagar a fruta após as vitórias. “Está tudo bem. Se estamos quebrando melancias, estamos felizes”, disse em Richmond, lembrando que riscos fazem parte da vida.
Experiências anteriores pesam
Coproprietário da RFK Racing, Brad Keselowski relembrou ter cortado a mão ao quebrar uma garrafa de champanhe no passado. Ele prefere agora pegar a bandeira dos EUA ao lado do carro, mas não pretende proibir seus pilotos de festejar como quiserem: “Não sou o policial da comemoração”.
A queda de Zilisch foi suficiente para convencer Christopher Bell a abandonar, por ora, o hábito de subir no teto. “Foi assustador. Já fiz meu último ‘car stand’ por um bom tempo”, afirmou.
Liberdade mantida pela NASCAR
A entidade não planeja restringir gestos de celebração, exceto saltos repetidos sobre o teto, que podem afetar a integridade do carro antes da inspeção pós-prova. Um pé sobre o teto ou na janela continua liberado, e cada piloto decide o quanto pretende se arriscar.
Chase Elliott, que quebrou a perna em um acidente de snowboard no ano passado, defendeu o direito de comemorar: “Foi um acidente. Ele conquistou a vitória e podia festejar como quisesse”. William Byron comparou o incidente a “tropeçar na escada que se usa todo dia” e reforçou que não se pode viver “embrulhado em plástico-bolha”.

Ainda sem triunfos na Cup Series, Ryan Preece garantiu que, quando vencer, pretende subir no carro e talvez até tentar um backflip, “embora provavelmente não dê muito certo”.
Precauções adicionais
No sábado à noite, em Richmond, Austin Dillon venceu e voltou a apoiar-se no parapeito da janela para saudar o público, mas designou um mecânico para manter a rede interna presa e evitar escorregões. Já Austin Cindric, um dos mais altos do grid, brincou que, se cair, será “como uma árvore grande desabando”.
Com diferentes abordagens, todos concordam que acidentes isolados não vão eliminar a emoção de uma vitória. Como resumiu Keselowski: “Quem corre por tempo suficiente sempre terá um momento de que vai se arrepender; Connor teve o primeiro”.
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Com informações de FOX Sports