Um texto publicado em 16 de agosto de 2025 sugere que a Apple só reencontrará sua veia inovadora depois de enfrentar um revés de grandes proporções, especialmente na linha que mais impulsiona sua receita: o iPhone.
A crítica à “crise” de criatividade
Desde a morte de Steve Jobs, em 2011, a companhia vem sendo acusada de lançar atualizações tímidas de seus produtos. O artigo relembra que a última mudança considerada realmente marcante ocorreu no iPhone X, de 2017, que introduziu tela OLED quase sem bordas, Face ID e carregamento por indução.
A partir daí, segundo o autor, cada geração do smartphone tem trazido apenas incrementos pontuais de desempenho e pequenas alterações de design, enquanto concorrentes no universo Android avançam em recursos de câmera e eliminam o polêmico notch com mais rapidez.
Vision Pro vira exemplo de baixa adesão
Fora do segmento de celulares, o caso citado como maior fracasso recente é o Apple Vision Pro. O headset de realidade mista chegou ao mercado norte-americano custando US$ 3.499, muito acima do Meta Quest 3, concorrente ofertado entre US$ 500 e US$ 600.
Mesmo registrando vendas 211% acima do previsto no terceiro trimestre de 2024, o dispositivo atingiu apenas 370 mil unidades nos nove primeiros meses. Estimativas indicam que o ciclo inicial terminou com cerca de 450 mil unidades, desempenho modesto se comparado a lançamentos anteriores da marca: 1,4 milhão de iPhones, 15 milhões de iPads e 10 milhões de Apple Watch comercializados nos respectivos primeiros anos. A procura fraca levou a empresa a suspender a produção no início de 2025.
Por que um revés no iPhone seria decisivo
O texto defende que somente um insucesso nas vendas do carro-chefe da Apple teria força para provocar mudanças internas profundas. O raciocínio se baseia em exemplos de outras companhias: o Wii U, da Nintendo, que levou à criação do bem-sucedido Switch, e o colapso da Nokia, que não conseguiu acompanhar a adoção acelerada do Android.
Entretanto, o autor reconhece que a probabilidade de um fracasso desse porte é baixa, pois a Apple se consolidou como marca de estilo de vida. Além disso, o ecossistema fechado de produtos e a lealdade dos consumidores ajudam a manter a demanda estável, mesmo diante de inovações consideradas marginais.
O debate reforça a pressão para que a empresa revele algo realmente disruptivo nos próximos ciclos de atualização, evitando a percepção de estagnação que hoje alimenta críticas de fãs e analistas.
Com informações de TecMundo
Quer acompanhar outras discussões sobre inovação no setor de tecnologia? Confira nossa cobertura completa em notícias e fique por dentro dos próximos lançamentos.
