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Mookie Betts adota nova postura para tentar salvar a pior temporada ofensiva da carreira

Mookie Betts, oito vezes eleito para o All-Star Game, reconhece que 2024 não saiu como o planejado. Ao admitir que “meu ano meio que acabou”, o veterano do Los Angeles Dodgers passou a focar em pequenas vitórias diárias, como impulsionar corridas ou realizar jogadas decisivas, em vez de perseguir números de carreira que não apareceram até agora.

Oscilação em meio a desafios

Betts, de 32 anos, vive a pior campanha ofensiva desde que chegou às Grandes Ligas. Seu OPS atual é de 0,684 — muito abaixo das marcas acima de 0,800 registradas em todas as 12 temporadas anteriores. A queda veio após uma sucessão de obstáculos: um vírus estomacal que o atingiu no tour de abertura no Japão, causando perda de 20 quilos e a ausência nos dois jogos da Tokyo Series; a fratura em um dedo do pé ao esbarrar em um móvel; e a morte do padrasto em julho.

O início promissor, com seis rebatidas e três home runs nos quatro primeiros confrontos após o retorno do Japão, deu lugar a um trecho de 6/44 em abril. Nas semanas seguintes, o atleta relatou ter desenvolvido “maus hábitos” na mecânica de swing ao tentar ganhar potência enquanto ainda estava abaixo do peso ideal.

Novo posto no campo, mesma pressão no bastão

Paralelamente, o camisa 50 assumiu o shortstop em tempo integral pela primeira vez. De acordo com a métrica defensive runs saved, ele já figura entre os cinco melhores defensores da posição em 2024. O bom desempenho com a luva, porém, contrasta com a produção no bastão: Betts tem o quinto pior OPS entre os qualificados da posição.

Apesar do acúmulo de funções diárias — horas extras de treinamento de defesa e rebatidas —, o próprio jogador evita atribuir o declínio ofensivo ao esforço físico extra. “Seria desculpa”, resumiu.

Apoio interno e reencontro com velhos aliados

Dentro do vestiário, o técnico Dave Roberts mantém Betts no segundo lugar da ordem de ataque, enquanto colegas como Freddie Freeman e Clayton Kershaw asseguram que a confiança permanece intacta. Freeman, que divide armário com o companheiro, sugeriu ajustes na inclinação dos ombros durante o swing para recuperar consistência. Já o ex-Dodger J.D. Martinez, hoje agente livre, encontrou Betts em Tampa no início do mês para revisitar vídeos e trocar impressões sobre a mecânica.

Sinais de reação

Os conselhos parecem surtir efeito. Betts emendou uma sequência de oito partidas com pelo menos uma rebatida — a mais longa dele em 2024 — e soma 14 hits nos últimos oito confrontos, mesmo número que havia conseguido nos 21 jogos anteriores. Nesse recorte mais recente, também impulsionou sete corridas, igualando o total dos 29 compromissos anteriores.

A recuperação chega em momento crítico. Pela primeira vez desde abril, os Dodgers perderam a liderança da Divisão Oeste da Liga Nacional para o San Diego Padres. As equipes se enfrentam seis vezes nos próximos dez dias, série que pode definir rumos na briga pela ponta e, consequentemente, o caminho rumo a uma possível defesa do título da World Series.

Com 41 partidas restando na temporada regular, Betts admite que a maioria das metas traçadas em janeiro já não é alcançável. Resta, segundo ele, “tentar vencer” — objetivo simples, mas que passa necessariamente por manter a recente ascensão ofensiva.

No vestiário, a percepção é de que o pior já ficou para trás. O próprio Freeman destaca que as visitas de Betts ao seu armário em busca de conselhos cessaram nos últimos dias: “Se ele parou de perguntar, é porque está se sentindo bem”.

O desempenho nas próximas semanas dirá se a nova mentalidade — priorizando contribuições diárias em vez de estatísticas históricas — será suficiente para recolocar um dos atletas mais completos da MLB no patamar que o consagrou.

Para acompanhar outras notícias sobre o desempenho dos atletas na temporada, visite a seção de esportes do nosso site.

Com informações de Fox Sports

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