esporte

Dylan Raiola lidera projeto que quer devolver protagonismo a Nebraska

O quarterback Dylan Raiola tornou-se a principal aposta do técnico Matt Rhule para reerguer o programa de futebol americano da Universidade de Nebraska. Titular logo como calouro, o ex-recruta cinco estrelas concentra agora a expectativa de uma torcida que não disputa os holofotes nacionais há sete temporadas consecutivas com mais derrotas do que vitórias.

Compromisso familiar e chegada antecipada

Raiola anunciou a escolha por Nebraska em 18 de dezembro de 2023, após passagens anteriores por compromissos verbais com Ohio State e Georgia. O peso da decisão inclui um forte laço familiar: o pai, Dominic Raiola, foi All-American na linha ofensiva dos Cornhuskers, enquanto o tio, Donovan, integra a comissão técnica como treinador de linha ofensiva.

Matriculado em janeiro de 2024, o quarterback tinha apenas 18 anos quando assumiu a liderança do ataque durante o camp de pré-temporada. A rápida ascensão exigiu que se impusesse num vestiário com atletas de até seis anos mais velhos.

Altos e baixos do ano de estreia

Nebraska abriu a temporada passada com cinco vitórias em seis jogos, incluindo um triunfo sobre o arquirrival Colorado. A sequência positiva foi interrompida por derrota de 49 pontos para Indiana, partida em que Raiola lançou três interceptações.

No total, o novato encerrou 2024 com 2.819 jardas aéreas, maior marca entre calouros do país. O desempenho, contudo, revelou contrastes: nove touchdowns e apenas dois turnovers nas primeiras cinco partidas, contra quatro touchdowns e 11 erros de posse nas oito seguintes.

A vitória sobre Wisconsin, na penúltima rodada, mostrou resposta: 293 jardas, um touchdown e nenhuma interceptação. Porém, uma posse perdida nos segundos finais diante de Iowa resultou no quinto revés por uma posse de bola na campanha.

Nova comissão ofensiva e reforços de peso

Para a próxima época, Rhule efetivou Dana Holgorsen como coordenador ofensivo. O treinador, conhecido por ataques que superam 40 pontos por jogo em passagens por Texas Tech, Houston e Oklahoma State, tenta levar Nebraska a uma média que o programa não atinge desde 2018.

O elenco também ganhou titulares experientes via transfer portal: o right tackle Elijah Pritchett (ex-Alabama), o guard Rocco Spindler (ex-Notre Dame) e os recebedores Dane Key (ex-Kentucky) e Nyziah Hunter (ex-Cal). A ideia é proteger melhor Raiola — a linha terminou empatada em 78.º em sacks cedidos — e oferecer alvos capazes de repor três saídas no corpo de recebedores.

Preparação física e liderança em evolução

Raiola, hoje com 20 anos, aproveitou o recesso para ganhar massa magra, intensificar treinos de velocidade e ajustar alimentação. O objetivo é manter a saúde ao longo de uma possível campanha estendida até os playoffs nacionais, agora com 12 vagas.

Matt Rhule acredita que a equipa “vai jogar por Dylan” e defende que enfrentar dificuldades cedo acelera o amadurecimento do quarterback para a NFL. O próprio atleta resume o desafio: “Nebraska merece voltar ao mapa. As coisas difíceis vão valer a pena se continuarmos trabalhando”.

Perspetivas

Rhule alcançou ao menos 10 vitórias no terceiro ano em seus dois trabalhos universitários anteriores. Caso o padrão se repita, a performance de Raiola será decisiva. Com linha ofensiva reforçada, novo comando tático e um calendário que inclui confrontos diretos contra equipes ranqueadas, Nebraska tenta transformar potencial em resultados e encerrar um jejum prolongado de relevância nacional.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo