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Eduardo Bolsonaro retorna a Washington e pressiona por novas sanções a Moraes

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o empresário Paulo Figueiredo desembarcam nesta quarta-feira (13) em Washington para uma nova rodada de encontros com representantes da Casa Branca e do Departamento de Estado. A agenda foca nos desdobramentos das sanções norte-americanas aplicadas ao ministro do STF Alexandre de Moraes e na tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Relatório sobre efeitos das sanções

A dupla levará um balanço das consequências do bloqueio de bens imposto a Moraes pela Lei Magnitsky, que congela ativos em território norte-americano e restringe transações em dólares. Segundo aliados, Bolsonaro e Figueiredo pretendem mostrar que o bloqueio pode afetar as operações financeiras do ministro também no Brasil, inclusive em reais, tema que vem sendo avaliado por bancos nacionais.

Os dois querem ainda convencer autoridades dos EUA a ampliar o alcance das medidas. Fontes próximas às conversas indicam que a próxima etapa em estudo envolve a esposa do ministro, Viviane Barci, e membros do governo Lula, que poderiam ter o visto de entrada nos Estados Unidos suspenso.

Alvo no Congresso adiado

Embora Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo mantenham críticas aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o grupo não recomendará, por ora, sanções contra parlamentares. A avaliação é que, neste momento, tais medidas poderiam atrapalhar a tramitação de projetos de interesse do bolsonarismo, como o fim do foro privilegiado.

A posição será reavaliada caso as pautas avancem lentamente. De acordo com Figueiredo, se houver bloqueio dessas discussões, a pressão por sanções a líderes do Congresso pode ser retomada.

Próximos passos

Além da agenda desta semana, os emisários planejam voltar a Washington no fim de agosto para atualizar a administração norte-americana sobre o andamento dos temas. Desde 2021, ambos atuam junto ao governo dos EUA para enquadrar Moraes como violador de direitos humanos e acusam o ministro de restringir a liberdade de expressão nas redes sociais.

Na última semana, o Departamento de Estado reiterou críticas à situação dos direitos humanos no Brasil e afirmou que decisões judiciais “minaram” a liberdade de expressão. As negociações sobre a tarifa de 50% aplicada aos produtos brasileiros seguem sem avanço.

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