Mudança de conferência desafia gigantes Oklahoma, USC e Nebraska

O processo de realinhamento das conferências no futebol americano universitário, intensificado nos últimos 15 anos, tem colocado em xeque alguns dos programas mais tradicionais da modalidade. Oklahoma, USC e Nebraska, que deixaram suas ligas de origem desde 2011, enfrentam dificuldades para repetir o desempenho que os consagrou durante décadas.
Queda nos rankings e campanhas irregulares
Nenhum dos três programas apareceu no AP Top 25 ou no Coaches Poll da pré-temporada atual. Oklahoma surgiu apenas em 18.º na votação de jornalistas, sendo excluída da lista dos técnicos pela primeira vez desde 1999. Já USC e Nebraska ficaram fora dos dois rankings.
Os resultados em campo refletem esse cenário. Na primeira temporada na Southeastern Conference (SEC), Oklahoma encerrou o ano com uma rara campanha negativa, a segunda do século para os Sooners. A agenda atual inclui confrontos contra sete adversários dentro do top 25, entre eles Texas, Alabama e LSU.
USC, agora integrante da Big Ten, iniciou a estreia na nova liga dentro do top 25, mas fechou com recorde de 7-6. A trajetória marca um contraste com a sequência de seis anos seguidos com pelo menos 11 vitórias registrada entre 2002 e 2008.
Nebraska, que migrou para a Big Ten em 2011, soma apenas uma temporada com dez triunfos e oito campanhas negativas. Nos tempos de Big 8 e Big 12, os Cornhuskers conquistavam ao menos nove vitórias por ano e um título nacional a cada oito anos, entre 1962 e 2002.

Estabilidade recompensa Alabama e Ohio State
Enquanto isso, Alabama e Ohio State optaram por permanecer nas conferências originais — SEC e Big Ten, respetivamente — e seguem colhendo resultados positivos. Desde 1950, Alabama reivindica 14 títulos nacionais e quatro vencedores do Troféu Heisman, ao passo que Ohio State acumula oito campeonatos e seis troféus individuais, incluindo o único bicampeão do prêmio.
A permanência em ligas consolidadas tem oferecido estabilidade financeira, técnica e de recrutamento, fatores apontados como decisivos para manter o nível competitivo. No cenário oposto, as três potências que trocaram de conferência ainda procuram reencontrar a consistência que as tornou referências históricas do esporte universitário.
Realinhamento segue em ritmo acelerado
Com a expansão de Big Ten, SEC, ACC e Big 12 e o colapso da Pac-12, já são 49 instituições que mudaram de conferência na era recente. O desempenho de Oklahoma, USC e Nebraska ilustra como a transição pode afetar até as marcas mais consolidadas, reforçando a importância de adaptação rápida a novos calendários, estilos de jogo e exigências de recrutamento.