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Governadores de direita articulam frente comum e agenda com Congresso

Primeira reunião define unidade e críticas ao STF

Nove governadores identificados com a direita reuniram-se na última quinta-feira (7) na residência oficial do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para coordenar ações políticas e alinhar discursos. O grupo manifestou insatisfação com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e com a condução do Executivo federal em temas como política externa e gestão econômica.

Participaram Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Ratinho Jr (Paraná), Jorginho Mello (Santa Catarina), Claudio Castro (Rio de Janeiro), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Wilson Lima (Amazonas), além de Ibaneis Rocha. Quatro deles são apontados como potenciais candidatos ao Palácio do Planalto em 2026.

Agenda prevê encontros com partidos e presidentes das Casas

Ficou acertado que, na próxima terça-feira (12), os governadores voltarão a Brasília para dialogar com dirigentes de partidos. Na sequência, pretendem procurar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a fim de “restabelecer harmonia institucional”, segundo Ibaneis.

O grupo sustenta que o Congresso enfrenta limitações para votar determinados projetos porque decisões judiciais “travariam” a pauta. Como exemplo, mencionam o projeto de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, atualmente parado na Câmara.

Tarifaço dos EUA e visita a Bolsonaro também entram na pauta

Os governadores discutiram o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros e cobraram maior reação diplomática do governo federal. Para Mauro Mendes, o Planalto precisa “insistir em negociação direta” com Washington para conter prejuízos.

Governadores de direita articulam frente comum e agenda com Congresso - Imagem do artigo original

Antes do encontro, Tarcísio de Freitas visitou o ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, e afirmou que ele está “sereno”. O governador paulista declarou a jornalistas que “todos os Poderes devem atuar para reduzir a crise” institucional.

Perspectivas eleitorais ficam em segundo plano

Embora a sucessão presidencial de 2026 não estivesse formalmente na agenda, Mauro Mendes disse acreditar que o próximo presidente “estava na sala” durante a reunião. Ronaldo Caiado avaliou que uma candidatura única no primeiro turno é “impossível”, mas não descartou convergência no segundo turno.

Até o momento, apenas Tarcísio, Caiado e Mendes falaram publicamente sobre as decisões do encontro. Os demais participantes alegaram compromissos oficiais.

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