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Aliados de Bolsonaro criticam cúpula do PL, exaltam Tarcísio e temem pela saúde do ex-presidente

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) mobilizaram-se nas redes sociais após a ordem de prisão domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na segunda-feira (4). As reações expuseram divergências internas no partido e renovaram a preocupação com o estado de saúde do ex-presidente.

Críticas a Valdemar e elogios a Tarcísio

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, publicou uma nota curta e em letras maiúsculas — “ESTOU INCONFORMADO!!!!!” — que rapidamente foi alvo de reprovação de parlamentares do próprio partido. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) chegou a chamar o texto de “imbecil” na plataforma X. Sob pressão, Costa Neto apagou a mensagem e divulgou um segundo comunicado, classificado como insuficiente por parte da bancada bolsonarista, apesar de reconhecer “sentimento de exagero” na decisão judicial.

Em contraste, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ganhou espaço positivo entre apoiadores do ex-presidente. Num vídeo divulgado ainda na segunda-feira, Tarcísio qualificou a prisão como “absurda” e questionou possíveis violações de garantias individuais. O posicionamento foi visto como rápido e firme, reduzindo críticas pela sua ausência em manifestação realizada no domingo (3).

Saúde de Bolsonaro em pauta

Familiares e assessores relatam apreensão com o quadro clínico de Bolsonaro, que enfrenta problemas intestinais recorrentes e episódios de soluços. Segundo interlocutores, a equipe médica teme agravamento devido ao estresse provocado pela medida cautelar. Também há receio de que o isolamento domiciliar provoque sintomas depressivos, cenário semelhante ao observado após a derrota eleitoral de 2022.

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As restrições impostas pelo STF permitem o acesso apenas de residentes da casa; demais visitas dependem de autorização judicial. Aliados estudam solicitar esclarecimentos sobre a entrada de funcionários a que o ex-presidente tem direito como ex-chefe de Estado.

Articulação no Congresso

Parlamentares ligados a Bolsonaro iniciaram mobilização para contestar a decisão de Moraes no âmbito legislativo. Discursos em plenário e manifestações públicas defendem a tese de perseguição política e pedem a reversão da medida. Até o momento, não há indicação de recursos aceitos pelo Supremo.

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