A x.AI, empresa de inteligência artificial liderada por Elon Musk, introduziu um gerador de imagens e vídeos curtos no chatbot Grok. O recurso, batizado de Imagine, permite criar clipes de até 15 segundos a partir de comandos de texto ou de fotografias enviadas pelo utilizador.
Criação rápida de conteúdos
Disponível nas aplicações para Android e iOS, o Imagine processa pedidos em segundos e apresenta diferentes variações de resultado. A produção diária depende do plano de assinatura, podendo ultrapassar 100 criações por utilizador. Segundo Musk, mais de 14 milhões de conteúdos foram gerados apenas no primeiro dia de funcionamento, número que já foi superado desde então.
Modo ‘picante’ eleva o teor adulto
Entre as opções oferecidas, o modo «Spicy» acrescenta elementos eróticos às criações. Os vídeos podem exibir nudez parcial ou movimentos sexualizados, mantendo algum nível de moderação automática. Testes realizados por veículos especializados apontam que imagens de terceiros não são transformadas nesse modo; o botão é ativado apenas para modelos produzidos integralmente pela IA.
Riscos e preocupações
A introdução de conteúdo adulto reacendeu o debate sobre deepfakes e proteção de menores. Especialistas alertam para a possibilidade de contornar filtros e gerar vídeos não consentidos com pessoas reais, apesar das restrições declaradas pela x.AI. Legisladores nos Estados Unidos e em outros países já discutem leis específicas para combater deepfakes sexuais, enquanto no Brasil penas foram recentemente ampliadas para esse tipo de crime.
O uso da ferramenta por públicos jovens também gera apreensão. Musk mencionou que “crianças adoram usar o Grok Imagine”, sem detalhar mecanismos que garanta bloqueio ao modo «Spicy» para menores.
Comparação com concorrentes
Embora elogiado pela rapidez, o Imagine é considerado menos preciso que soluções da OpenAI e da Google para entender comandos complexos ou acrescentar áudio realista. Musk afirma que o sistema “ficará melhor a cada dia”, à medida que aprende com o material gerado.
Ainda sem informações detalhadas sobre salvaguardas contra abusos, a x.AI afirma que a ferramenta foi concebida para “ser divertida e menos realista” em comparação com rivais.
