Colston Loveland, escolhido pelos Chicago Bears entre as dez primeiras posições do último draft, vem reforçando a confiança do quarterback Caleb Williams durante o campo de treinos de pré-temporada.
Primeiros sinais de sintonia
Num exercício coletivo realizado no mês passado, Williams perdeu o controlo da bola devido ao calor intenso e à humidade de Chicago. Mesmo assim, Loveland ajustou-se à trajetória alta do passe e garantiu a receção, episódio que o quarterback descreveu como “prova de confiança” na ligação entre ambos. A jogada ocorreu apenas oito dias depois de o tight end regressar de uma lesão no ombro que o afastara das atividades de off-season.
A importância do “porto seguro” para o novo esquema
Após uma época de estreia marcada por 68 sacks sofridos e métricas avançadas inconsistentes — entre elas a penúltima posição em EPA entre quarterbacks com pelo menos 300 dropbacks — Williams inicia 2025 sob o comando do técnico Ben Johnson. Conhecido por valorizar dados analíticos, o treinador procura elevar o “piso” de desempenho do ataque e vê no rookie um contributo imediato: o tight end oferece um alvo alto, com ampla envergadura e experiência em bloqueios.
Versatilidade agrada ao corpo técnico
Formado na Universidade de Michigan, onde integrou a equipa campeã nacional de 2023, Loveland alia estrutura física típica de tight end à experiência como recetor. Nos treinos, já alinhou tanto na linha como aberto, criando desafios de marcação à defesa. Johnson destacou ainda uma sequência de bloqueios em que o novato antecipou a rotação de um defensive end, gesto considerado “encorajador” pela comissão técnica.
Aprendizado conceitual e multiplicador de jogadas
No novo sistema ofensivo, os jogadores são orientados a compreender conceitos em vez de posições fixas. Segundo Loveland, esse método facilita mudanças de formação inesperadas e permite que qualquer atleta atue como recetor, running back ou tight end conforme a chamada. Para Williams, essa flexibilidade transforma o colega num “cobertor de segurança” essencial em terceiras descidas e momentos de pressão.
Combinando capacidade de receção, bloqueio e leitura de jogo, Colston Loveland perfila-se como elemento central do plano de Ben Johnson para revitalizar o ataque dos Bears e acelerar o desenvolvimento de Caleb Williams já nesta temporada.
