Inteligência Artificial

Internet via satélite no celular deve movimentar US$ 14,8 bilhões em 2025

A consultoria Gartner projeta que o mercado global de serviços de satélite em órbita baixa (LEO) para conexão direta a dispositivos móveis (D2D) vai gerar cerca de US$ 14,8 bilhões em 2025, avanço de 24,5% em relação ao ano anterior.

Receita virá sobretudo de áreas sem cobertura terrestre

Segundo o relatório, consumidores que vivem longe de redes tradicionais devem responder por US$ 4,1 bilhões, alta de 36,4%. Empresas na mesma situação devem contribuir com US$ 2,6 bilhões, crescimento de 40% sobre 2024. A Gartner também prevê elevação de 32% nos gastos com conectividade para Internet das Coisas (IoT), que podem atingir US$ 2,3 bilhões.

Satélites mais próximos reduzem latência e consumo de energia

Os satélites LEO operam entre 500 e 2.000 km da superfície, distância muito menor que os geoestacionários, posicionados a mais de 35 mil km. Essa proximidade diminui a latência e permite que smartphones comuns se conectem diretamente ao satélite sem equipamento adicional, tornando viáveis serviços de voz e dados em regiões remotas.

Parcerias impulsionam a expansão global

A Gartner indica que mais de 20 provedores de serviços LEO devem estar ativos nos próximos anos, com mais de 40 mil satélites em órbita. Operadoras de telefonia tradicional buscam ampliar cobertura por meio de acordos com empresas do setor. A Starlink, por exemplo, lançou nos Estados Unidos o serviço Direct-to-Cell em parceria com a T-Mobile e realiza testes com operadoras na Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

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Testes no Brasil e cenário regulatório

No Brasil, a tecnologia foi avaliada em março num projeto-piloto no Maranhão envolvendo a Claro e a norte-americana Lynk, sob acompanhamento da Anatel. O teste ocorreu em ambiente de sandbox regulatório, permitindo verificar estabilidade em chamadas e transmissão de dados em áreas sem rede terrestre. Após os resultados, a agência aprovou em abril uma expansão de capacidade pedida pela Starlink e sinalizou a revisão das normas para satélites de baixa órbita.

Serviço comercial ainda não tem data no país

Apesar dos avanços, não há anúncio oficial de oferta direta ao consumidor no Brasil. Nas últimas semanas circularam notícias incorretas sobre liberação de internet gratuita da Starlink; a T-Mobile confirma que o serviço permanece exclusivo dos EUA, com cobertura limitada e sem previsão de expansão internacional.

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