NFL redefine regras de numeração e traz o zero de volta aos campos

No início da liga, identificar um jogador não era tarefa simples. Em 1929, por exemplo, o Orange Tornadoes alinhou-se com letras nas costas, experiência que durou apenas uma época. A oficialização dos números só ganharia força anos depois e, desde então, o sistema passou por várias revisões.
Das primeiras experiências ao padrão de 1973
A NFL foi criada em 1920 com a recomendação, não a obrigação, de usar numeração. Até o fim da década, todos os clubes adotaram números, geralmente até 25, devido aos elencos reduzidos. A primeira tentativa de padronização surgiu em 1952: corredores e defensive backs receberam 10 a 49, enquanto linemen ficaram entre 50 e 89. Fullbacks, tight ends e receptores tinham liberdade maior.
A fusão com a AFL levou a uma regra rígida em 1973. Cada posição passou a ter um intervalo fixo e o uso de 0 e 00 foi proibido, exceção feita ao center Jim Otto, autorizado a manter o número duplo por já o utilizar.
Flexibilização moderna e retorno do número zero
Com elencos mais extensos e vários números aposentados, a liga afrouxou as normas em 2021. Dois anos depois, autorizou novamente o 0, mas manteve 00 fora de circulação. Calvin Ridley, então wide receiver do Jacksonville Jaguars, foi o primeiro a escolher o algarismo.
O sistema atual, ainda em vigor, distribui os algarismos da seguinte forma:

Quarterbacks: 0–19
Chutadores e punters: 0–49, 90–99
Defensive backs: 0–49
Running backs, tight ends e recebedores: 0–49, 80–89
Offensive linemen: 50–79
Defensive linemen: 50–79, 90–99
Linebackers: 0–59, 90–99
Por que as mudanças continuam
Segundo a liga, ampliar as opções atende à demanda dos atletas por números associados à identidade pessoal, reduz a pressão sobre franquias com combinações retiradas em homenagem a lendas e facilita ajustes de elenco durante a época regular. Embora amplo, o sistema mantém restrições para garantir que árbitros e analistas identifiquem rapidamente as formações em campo.